Ao longo de mais de três décadas, André Luiz Macedo da Cruz construiu uma carreira que se confunde com a própria evolução do controle de tráfego aéreo no Brasil. Desde que ingressou no Comando da Aeronáutica, em 1992, dedicou-se a garantir que milhões de passageiros pudessem voar com segurança, pontualidade e eficiência.
Começou como operador radar no Centro de Controle de Área em Recife, monitorando rotas e assegurando separações seguras entre aeronaves em um dos espaços aéreos mais movimentados do país. Posteriormente, transferiu-se para Curitiba, onde também atuou como técnico de segurança de voo, investigando ocorrências e implementando medidas para prevenir acidentes.
Em 2010, assumiu funções estratégicas no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), no Rio de Janeiro, onde se destacou como supervisor, instrutor e gerente de fluxo de tráfego aéreo. Lá, foi responsável por coordenar operações complexas, tomar decisões rápidas diante de situações críticas e integrar informações entre aeroportos, companhias aéreas e autoridades aeronáuticas. Sua atuação foi fundamental para manter a fluidez do tráfego durante eventos de grande porte, como os Jogos Olímpicos Rio 2016, quando a aviação brasileira viveu seu maior desafio logístico da história.
Ao longo da carreira, André aplicou medidas inovadoras de gerenciamento de fluxo (ATFM), otimizou o uso de rotas aéreas, reduziu congestionamentos e implementou estratégias que resultaram em diminuição de atrasos e melhor aproveitamento da infraestrutura aeroportuária. Sua capacidade de leitura de cenários e de coordenação tática contribuiu para elevar os padrões de segurança e eficiência em todo o sistema.
Reconhecido por seu desempenho exemplar, recebeu diversas medalhas militares de Ouro, Prata e Bronze, concedidas por mais de 30 anos de serviços prestados com excelência. Também foi homenageado por seu papel no controle do espaço aéreo, pela atuação em eventos internacionais e pelo mérito na promoção à graduação de suboficial.
Além da prática operacional, André dedicou-se à formação de novos profissionais, instruindo operadores e supervisores, conduzindo briefings operacionais e coordenando treinamentos que elevaram o nível técnico das equipes. Sua liderança e orientação direta formaram gerações de controladores e gestores que hoje atuam nos mais diversos centros de controle do país.
Sua história é marcada por resultados concretos: rotas otimizadas, atrasos reduzidos, riscos mitigados e operações mais seguras. Um legado que permanece nos céus do Brasil e que inspira todos aqueles que entendem que o controle de voo não é apenas um trabalho, mas uma missão de responsabilidade com a vida e a segurança de milhões de pessoas.








